29/12/2009

provavelmente última postagem de 2009.
um ano vivido com inspiração, sem dúvidas.

não há dúvidas de que 2010 será maravilhoso.

feliz ano novo!

01/12/2009

um pouquinho de loucura para sobreviver ao cansaço da rotina é bom.
o estranho é quando as pessoas deixam a loucura, que poderia ser sadia, virar doença.

tenho pena dessas pessoas, que se grudam no passado e esquecem de viver o hoje.
se é pra ser feliz, que sejamos agora!
sempre!
(sempre mesmo, até nos momentos de infelicidade)

o passado é uma delícia de ser lembrado, quando foi bom.
ótimo quando foi ruim - valeram os aprendizados e as pedras no caminho.
aprisionador e enlouquecedor quando vivido como presente.

pra que arrastar correntes se há um dia lindo lá fora?
pra que se aprisionar em memórias se seu corpo inspira novos ares a cada segundo?
a felicidade pode ser escolhida,
escolha-a agora e trate de viver.

13/11/2009

desconstrução.
reciclagem.
é isso que quero sempre.
quebrar a dureza, a consistência.
pensar sempre,
olhar daqui,
e daquele lado,
e do ponto improvável,
e do outro jeito,
e daquela maneira.
olhar por todos os ângulos.
a profundidade está na capacidade de rever cada pensamento rígido que construí.
a intensidade está em tudo.
a hipocrisia também, pela impossibilidade de atingir o que aqui foi escrito.
também estão a coragem e vontade de tornar cada vez mais possível as ideais idéias.

06/11/2009

meu telhado? um troço estranho, de ferro com um tecido em cima. vejo os outros usando em dias que cai água do céu. chamam de guarda-chuva, mas pra mim é telhado.
minha casa? aqui, ali... onde der pra parar, dormir e recomeçar a rotina de imprevistos.
minha comida? cato nuns cantos pela casa, as minhas ruas. as ruas são minhas. minha morada.
a comida às vezes vem de enormes e negros sacos plásticos deixados em frente aos prédios, às vezes de umas senhorinhas que me trazem um líquido quente. chamam de sopa, canja, caldo... tantos nomes pra uma coisa tão simples: comida.
minha vida é assim, ando pra lá e pra cá, com toda a liberdade de quem nada tem a perder mas nunca ganha.
(sobre)vivo, um dia após o outro.

30/10/2009

nada poético, palavras poucas, só vi números na minha frente hoje.

what a day!

as coisas boas são a lua quase cheia e a viagem prolongada.

29/10/2009

"Vou mostrando como sou
e vou sendo como posso
jogando meu corpo no mundo
cantando por todos os cantos
e pela lei natural dos encontros
eu deixo e recebo um tanto
e passo aos olhos nus
ou vestido de lunetas
passado, presente
participo sendo
o mistério dos planeta"

uma dos ultimos tempos.

28/10/2009

dedos que seguem num compasso único.
cabeça que gira.
olhos que percebem além do que (não) aprendi na física.
ouvidos que fazem tudo balançar,
no ritmo, sem ritmo.

26/10/2009

de olhos fechados seguia viagem,
com força, muita força, abriu a janela,
lembrou que a lua cheia estava por vir,
procurou-a no céu, mas nada além de nebulosidade,
um cheiro de verde,
cheiro de querer voltar pra maromba,
cheiro de querer viajar com o motorista doido,
cheiro de quando era pequena e via a agua que lavava o vidro do carro,
escorrendo, lisa, lisa,
cheiro de inspiração, inspiração, inspiração,
cheiro de querer voltar pro paraíso,
cheiro de querer sempre mais.
um outro cheiro a acompanhou,
não sabia identificar,
apenas sentia,
de olhos fechados, sentia.
identificou quando os primeiros pingos molharam seu rosto,
era terra molhada,
cheiro de chuva.
deliciou-se,
ainda de olhos fechados,
sentiu.
quando abriu-o por instantes,
viu os riscos dos pingos com o vento,
horizontais,
horizontais como o horizonte infinito no mar,
sentiu o cheiro de terra molhada
e lembrou a que lua cheia estava por vir.
---
a semana começou bem.

23/10/2009

abri os olhos, coloquei o computador no colo, abri o email.

é, a tecnologia me permite isso.

a tecnologia e a internet sem fio do vizinho.

mas não é isso que importa…

o que importa é que abri o e-mail e vi mensagens da amiga que nunca vejo e lembro sempre.

minha melhor poeta de imagens.

minha melhor fotógrafa.

o dia amanheceu belo, mesmo com o cinza no céu.

minha amiga apareceu e, que feliz!, se surpreendeu em ver isto aqui.

nascido em 2004, vivo em 2005,

cada vez mais vivo,

cada vez mais metamorfótico – isso existe?

de vez em quando me pego lendo o que me escorregava entre os dedos em 2005.

me perco nas lembranças, feliz com o presente.

intensidade.

intensidade no sentir, mais que no falar,

muito no expressar.

intensidade que pode virar chatice ou encanto.

intensidade no sentir,

frio na barriga que sobe e desce, sobe e desce.

intensidade no silêncio, intensidade na palavra materializada,

intensidade, impulso que traz movimento à vida.

22/10/2009

a tal questão do museu imaginário

O Museu Imaginário é algo como um arquivo de obras com que se entrou em contato ao longo da vida, são as referências as quais acessamos sempre que precisamos. É lembrar de "As Ninféias" ou de "Impressões de um Pôr-do-Sol" ao ouvir falar de Monet. São ilustrações, imagens que acessamos, ou melhor, visitamos, sempre que nos é solicitado.

O meu Museu Imaginário está, e acredito que estará sempre, em fase de construção, pois a aquisição de conhecimento é algo que me move diariamente.

Ao refletir sobre o meu acervo, fico chateada por não estar enriquecendo-o tanto quanto gostaria. A falta de tempo, problema comum nos dias de hoje, não me permite explorar mais as informações, ir à exposições ou, mais simples que isso, chegar em casa e abrir o livro sobre História da Arte e ler.

O cotidiano nos empurra a cumprimento das obrigações, o que absorve grande parte de nossa energia. Por outro lado, fico feliz pela escolha acertada de, dentro das obrigações, fazer algo que me dá prazer.

Enriquecer , mesmo que em curtos passos, o meu Museu Imaginário é algo que escolhi para a vida.

19/10/2009

não, não estou convencida de nada.
não, não estou convencida nem nada.





, mas sabe o que é?
acho que consigo escrever como se estivesse aqui, bem ao meu lado.
ao meu lado em uma mesa de bar ou no sofá da sala.
não sei ao certo, talvez seja algo diferente.
talvez seja proximidade, mesmo com a distância.
talvez seja, talvez não.
é.

15/10/2009

dia de aline.
no final de semana me disseram ser parecida com ela.
não concordo.
não sou parecida com ninguém.
nem comigo.
sou parecida com todas, me identifico com muitas, sou nenhuma.
difícil me identificar, saber quem sou.
saber, na verdade, como sou pra você.
acho que sou muitas. só depende do dia.
do meu e do seu.
hoje foi dia de cerveja.
dia de término, dia de começo.
dia de percepções, dia de quero mais.
dia de quero mais cerveja.
dia de quero mais conhecimento,
dia de quero mais praticas.
dia de quero mais isso, tudo.
hoje foi dia.

12/10/2009

não sou do rock, não sou do samba, sou minha.
amo os sons,
um em cada tempo, um em cada momento,
todos ao mesmo tempo.
meu compromisso comigo é o que traz felicidade garantida.

05/10/2009

o poder da palavra

não, apesar do título, não pretendo evangelizar ninguém.
é que nos últimos dias ouvi coisas que ecoaram, aram, aram... na minha cabeça giratória.
uma delas foi que esse espaço é egocêntrico.

o que!?
mas é, na verdade.
minha proposta sempre foi escrever sobre mim, sobre minhas impressões.
por que a surpresa, então?!
não sei, talvez porque egocentrismo sempre tenha me remetido a egoísmo.

a outra foi que há cerca de 3 anos, a impressão que se tinha era que eu queria ser algo que não era.
outro baque.
mas pensando bem, queria mesmo.
e ainda quero.
por isso leio, estudo, por isso procuro cada vez mais construir um ser que eu quis, em algum momento, ser.
e vou estar sempre querendo, acho.

se egocentrismo for falar sobre o assunto que mais tenho propriedade, este espaço realmente é egocêntrico.

passei mais de três anos me estudando, incansavelmente.
foram anos lindos e dolorosos, costurados cuidadosamente.

acho que hoje sou alguém que construí, que quis ser há três anos - ou vinte e quatro, sei lá.
espero daqui a cinco, tre realizado o desejo do que quis hoje ser.

descobri, neste tempo, o poder das palavras que nascem, brotam e saltam de mim.

01/10/2009

Uma longa semana de provas que acabaram, finalmente.
Cheguei a pensar que foi a maior loucura ter puxado História do Oriente Médio.
De produção, nada tem.
Mas o conhecimento é válido. E muito!
Hoje o dia foi de Curadoria de Arte, uma matéria deliciosa.

A Renata, professora, brinca com o conceito de "Museu Imaginário".
Eu?
Eu dou asas à imaginação.
Vamos ver no que vai dar.

29/09/2009

dia chuvoso, notícias coloridas.
berro na garganta, como canta o lobo da mpb,
berro de felicidade e de lágrimas boas que rolam,
lágrimas de rito de passagem,
tal qual o registrado na foto de casamento,
de cílios enormes, alegria e comoção evidentes,
berro na garganta por uma nova vida,
gerada pela amiga querida de quadrado,
amiga de lindo anel molenga e personalidade forte.
dia chuvoso, sapatos vermelhos, notícias coloridas.

23/09/2009

feliz, saltitante... leve, como leve leve pluma leve pousa... leve como na musica amor, como os secos e molhados.

muitas coisas vividas juntas, a cada semana, a cada sessão, a cada dia, noite ou tarde...

mas com licença que hoje a noite é da minha amiga.

22/09/2009

"todo dia ela faz tudo sempre igual"

disso não posso reclamar, no escritório, tudo muda sempre...
só o que não muda é o cansaço de sempre.

às vezes queria amar menos, poder deixar um pouco.
posso, mas não consigo.

16/09/2009

tempos outros mesmos

lendo leminski, preciso-me de um refugiar.
é o trabalhoso momento.

eis que surge:

À glória sucede
o que sucede à água:
por mais água que beba,
qual lhe sacia a sede?
Diverso o sucesso,
basta-lhe um verso
para essa desgraça
que se chama dar certo.


vivo num tempo outro, por iso me foi belo.
já posso voltar ao trabalho,

09/09/2009

escrevo porque preciso.
escrevo pela necessidade colocar pra fora, expandir, me ler, reler, me descobrir, desvelar em cada palavra solta ao acaso.
preciso me desnudar.
despir de tudo o que não me faz bem, de tudo o que me dá características que detesto.
e amo, são minhas, afinal.
escrevo para registrar e reforçar minha capacidade amar.
minha capacidade de amar as letras, a vida - sempre!, você, eu.
escrevo, exercito a minha capacidade de amar a mim.

qualquer coisa / eu vou

sair por ai escrevendo qualquer coisa.
qualquer coisa que me libere para uma boa noite de sono.
qualquer coisa que me desfaça e refaça, num piscar de olhos.
independente do que signifique.
é o que quero por agora.
insignificancias.
significações.
palavras soltas no ar.
e presas aqui, nestes caracteres já conhecidos.

agora já virou passado,
futuro que num segundo se vai.
já foi.

quero ir.
sempre quero.

01/09/2009

28/08/2009

reticências que se misturam ao cansaço de mais um dia, mais uma semana, mais um ano.
cansaço de vida vivida, vida aproveitada, vida amada.
cansaço dos melhores.

viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz... é bonita, é bonita e é bonita!

27/08/2009

soul

"tempo, tempo, tempo, tempo
és um dos deuses mais lindos..."


sou,

,entre um instantante minúsculo e o sentir mais profundo,

sou,

25/08/2009

há algum tempo não conseguia ver mais que 10 minutos de qualquer filme que tentasse. só houve uma vez, no último final de semana, que não apaguei.

sabia que deveria ficar sentada para assistir Orgulho e Preconceito.

em alguns momentos alicerces ficam abalados, mas quando passa, você percebe que foi só um vento forte. a base estava mais firme do que se esperava.
isso pode ser bom, o vento ainda sopra, mas sem a força de um turbilhão, apenas como uma leve brisa, que rodeia, rodeia, mas é incapaz de derrubar uma só flor do galho.
o vento traz alguns ciscos, que podem entrar no olho e causar certo incômodo. nada que um assoprar não resolva.

um dia, base brisa se encontrarão.
espero que num dia de sol, muito.
e calor.
nada de tremores.
quem sabe será o nascimento de uma amizade. reticências.

21/08/2009

ela fica eufórica com a nossa chegada, mas somos obrigadas a ignorá-la em nome da boa relação com os vizinhos, para que ela aprenda a se comportar quando não estamos em casa.
é uma tarefa árdua... quase não resisto à sua felicidade, seus pulinhos e as patinhas nos olhos e focinho pedindo carinho.
em cinco minutos ela se acalma.
ano que vem serão dez anos completos desde o seu nascimento.
e parece que foi ontem!
aquele projetinho de gente choramingando na porta, na tentativa de ser levada por outra família.
ela nos escolheu.
à noite, é só estalar os dedos que ela aparece. feliz e saltitante, com o rabinho abanando numa velocidade inacreditável - prá lá e pra cá, pra lá e pra cá.
eu digo "sobe" e ela não pensa duas vezes, dorme ao meu lado a noite toda.
até que vira hábito e não preciso mais chamá-la.
se durmo no sofá, lá está ela.
se durmo na minha cama, idem.
ontem, cochilei no chão da sala. ao acordar, a encontrei ao lado de meu travesseiro.
com aquele olhar expressivo, está sempre pronta pra receber carinho.
tê-la em nossos colos, já é o suficiente para os momentos serem felizes.
não há como negar que a gabizinha é a rainha da casa das três mulheres!

16/08/2009

há quase dois meses emprestado, embarquei na viagem do romance A Cicatriz de David há cerca de dez dias. neste tempo, devorei suas 430 páginas finalizando a leitura com sentimentos que ainda mantém meus olhos umidecidos e o coração apertado.
encantador, envolvente, revoltante.
é tudo o que posso escrever no momento em que emoções tomam conta dos pensamentos.

10/08/2009

não há remédio que cure o que a felicidade não cura

ganhei meu primeiro garcia márquez em um pré carnaval de 2006, fim dos vinte, início dos vinte e um. época de mudanças, ano de decisões. o final do ano e as boas memórias. ano de teatro clássico, de muita lapa e botafogo. ano de expansão e muitas cervejas. ano de tombos nos mais variados sentidos.
um senhor, nesta sexta-feira de fevereiro, um cliente da pequena, suja e abandonada loja de fotografias, ao saber que dia era, foi em casa, pegou o livro gasto de tantas leituras e prováveis viagens, e me deu.
do amor e outros demônios se chamava. achei lindo. não o livro com muitas feridas, nem o nome sugestivo, mas o gesto.
não li logo, tentei muito, mas não li. mas vi logo primeiros capitulos, em algumas das tentativas de leitura, a frase que deu título a essa postagem. o motivo pelo qual ficou registrada nem eu sei, talvez por soar poética, forte, sincera.
há pouco mais de um ano o li, desta vez, integralmente. apaixonei-me. quis empretar ao mundo mas hoje, pela primeira vez, ele está em outras mãos.
espero que seja tão bonito quanto foi pra mim.
e que às minhas ele volte, se assim tiver que ser.

06/08/2009

"a vida é pra valer, a vida é pra levar..."

agora, ouvindo samba pra vinícius, a frase fez um bom sentido.
não sei se novo.
sei que bom.
finalizei a leitura de Cinzas do Norte hoje.
pesado, agradável. nada fácil. comovente. envolvente.

dois anos e cinco meses.

02/08/2009

tela em branco.
teclado em frente, letras sob os dedos.

palavras, muitas...
girando, girando, girando na cabeça.

é estranho.
giros confusos, que causam um friozinho que sobe por entre meus seios.
cansaço enorme.
muita responsabilidade.
o texto tem que estar bom.
preciso, ou precisamos, sair.
precisamos subir.

o que mais me causa estranhamento é estar com tudo isso aqui, dentro, mas feliz.
as confusões não significam mais infelicidade.
isso faz parte do amadurecer?
ou será que do encarar as coisas de frente?

22/07/2009

irresistivelmente feliz

conversa jogada fora até tarde | cansaço de trabalho | gripe "sovina" | café sem açúcar | novos projetos | fotos | gargalhadas...

o pouco é tudo quando se está irresistivelmente feliz.

20/07/2009

detalhes...

como não me prender aos detalhes?
são os detelhes, os simples e imperceptíveis detalhes, que dão cor à vida!
os meus olhares preferidos são os que percebem os detalhes.

o detalhe de um som gostoso,
o detalhe de um cheiro suave,
o detalhe de um olhar trocado,
o detalhe de uma história contada,
o detalhe de uma tarde de chuva,
ou o detalhe de um domingo de sol.
o detalhe de um olhinho apertado e um sorriso enorme...

como não me prender aos detalhes?

"detalhes tão pequenos (...) são coisas muito grandes (...)"

16/07/2009

, quero a leveza de dias azuis,
a leveza de um café com amigas,
e a leveza de falar e rir com besteiras,
a leveza de cada dia, de cada hora,
a leveza de um banho de mar,
e a levaza de um tarde acordar,


"leve como leve pluma
muito leve leve pousa
na simples e suave coisa
suave coisa nenhuma

sombra silêncio ou espuma
nuvem azul que arrefece

simples e suave coisa
suave coisa nenhuma
que em mim amadurece"
confusatransbordandosentimentos.

15/07/2009

não tem jeito.
a busca pelo auto-conhecimento me persegue há nos.
quero sempre conhecer meus limites. e ultrapassá-los.
quebrar barreiras sem quebrar a cabeça é uma boa.

freud foi genial em muitas teorias, mas hoje li uma frase que faz total sentido pros interessados em psicanálise: "as pessoas negam as minhas teorias durante o dia, mas sonham com elas durante a noite".
vale lembrar que nosso querido escreveu bastante sobre a interpretação dos sonhos... genial!

"thank you, doctor freud!"

14/07/2009


















amo dias azuis.
amo dias azuis com friozinho gostoso.
amo dias azuis com friozinho gostoso e folhas verdes.

09/07/2009

mar transparente e a vontade de mergulhar!
um dia lindo no forte de copacabana.
um café da manhã delicioso.
a saudade das amigas.
saudade indo embora.
ou aumentando, pela lembrança de quão queridas são.
um dia mais que bom, um dia posto as fotos.

06/07/2009

volta e meia me pego pensando sobre divulgar isto aqui.

inúmeras dúvidas me invadem e atordoam os pensamentos.
idéias se contrapondo...

este ano ainda, publiquei o endereço.
em menos de um dia, uma desagradavel mensagem anônima.
ignorei, obviamente.
mas resolvi mudar e me fechar para não mais ser incomodada.

hoje, novamente a dúvida.
mas, como diaria um amigo, resolvi me aventurar!

03/07/2009

quanta alegria de viver

de vez em quando bate uma vontade de foto.
de tirar fotos, de ser fotografada, de editar...

hoje deu vontade de foto.
saiu uma edição, pelo visualizador do windows mesmo, assim



intitulei de "quanta alegria de viver"! :)

29/06/2009

análise, como devem saber, já faço há alguns anos.
hoje foi a vez do mapa astral.
ganhei da minha chefe no aniversário deste ano e esperei um bom momento para fazer.

a gente tenta entender como funciona a vida, mas não adianta,
viver, de verdade, ultrapassa qualquer entendimento.

só não há como negar que o mais gostoso é a brincadeira.
além, é claro, da torcida para que as coisas boas que ela disse aconteçam de verdade.

19/06/2009

...a questão do diploma...

sempre ouço que aqui no Brasil, infelizmente, só se pode ser alguém se tiver um canudo na mão - não me interpretem mal, por favor... quando digo canudo, me refiro ao tão valorizado diploma.

há quase meia década - god, estou ficando velha! - cheguei a cursar alguns períodos de jornalismo, e, confesso, não foi algo que tenha me encantado muito, embora adorasse algumas matérias teóricas.

há dois anos e, quase, meio, entrei para a graduação de Política e Produção Cultural e descobri ser uma amante da vida acadêmica.
amo os textos, as discussões e as pesquisas.

porém, mesmo apaixonada pelos estudos, sempre rola uma crise.
e são nesses momentos que ouço a frase que iniciou esse post.

mas a decisão que me dá um novo olhar sobre essa cultura do canudo, que insistimos em preservar, também me deixa um pouco confusa.

sinto muito quando penso nos meus colegas que estão concluindo a universidade agora, se matando para escrever suas monografias.
mas eu sinto pelo valor agregado ao diploma, não pelos conhecimentos adquiridos, que, certamente, os fizeram crescer e olhar a vida de forma mais crítica.

por outro lado, cruelmente, vibro pelo possível despero dos que entraram para a universidade apenas para obterem o tão sonhado canudo.
vibro pelos que pouco aproveitaram as informações passadas, que só se preocuparam com as chopadas e bebedeiras nas esquinas. (não que as bebedeiras nas esquinas não sejam deliciosas, mas cursar a universidade não pode se reduzir a isso.)
vibro, acima de tudo, pelo desespero dos que mantiveram a postura de alunos do ensino médio , dos que mativeram a política de "estudar pra passar" e deixaram de aproveitar o melhor que a universidade pode oferecer - o prazer pelo conhecimento, o universo de infinitas cores que cabe em cada um de nós.

agora, o curioso, é que temos um presidente da república que não frequentou a universidade.
o mais curioso é que muitos de meus colegas politizados, que pegam seus diplomas de jornalismo este ano ainda e, por isso se sentiram injustiçados com a sentença, defendem fortemente a gestão do Lula.
estranho, não?

não sou ninguém para falar verdades.
mas a minha verdade - de hoje, vale ressaltar... - é que a questão do diploma é cultural e precisamos desconstruir a imagem de que só quem tem diploma é qualificado.

não desvalorizo a formação acadêmica, afinal, estaria me auto-desvalorizando pois pretendo não apenas ser bacharel, mas estudar muito e tornar-me, no mínimo, mestre.
mais que isso, pretendo lecionar em universidades.

gosto da idéia da liberdade de se poder ser o que se é e o que se quer, sem estar preso à idéia de um canudo.
valorizo o aprendizado pelo conhecimento, não apenas pelo reconhecimento do mercado.
a idéia de que só o canudo te leva a um bom lugar pode ser muito equivocada por transferir o valor para um objeto, uma imagem construída e deixar de valorizar o que realmente importa - a expansão intelectual.

---

talvez tenha sido prolixa.
se fui, desculpem.
tentei organizar as idéias e colocá-las da melhor maneira.
pra mim.
e pra vocês.


18/06/2009

amélia não tinha a menor vaidade.
amélia é que era mulher de verdade.

esbarrar em uma amélia, "mulher de verdade", nos dias de hoje é algo muito mais difícil do que nos tempos que Mário Lago a compôs - ou descreveu, se assim preferir.

pollyanas? sempre iremos encontrar.
acho que nesse ponto não há evolução da mente humana que evite.

chega a ser contraditório pensar nesses exemplos de "sou feliz a qualquer custo e apesar de tudo", ou seja, de negação do sofrimento, em tempos em que a depressão é algo que acabou se tornando corriqueiro.

vivemos uma esquizofrenia.

fomos de um extremo ao outro.
já parou pra pensar nisso?

17/06/2009

impossível ter a vida de antes.

olho pro que passou e, simplesmente, não dá.

a sensação que tenho é que parou no tempo.
ela e tudo daquele tempo.

será que parou ou eu que não sou a mesma?

não sei.
só sei que é assim.


04/06/2009

por um pe(r)dido de meu irmão, sem querer encontrei muitos cds perdidos.
cds com fotos, músicas, vida!

é bom dar uma revirada no baú,
é bom saber que continua sendo preenchido de vida, em cada momento.

dias irregulares.
ora eufóricos, ora tristonhos.

03/06/2009

saudade, o meu remédio é cantar

"- Não sei explicar, mas lá é como este café adocicado e quente. Minha mãe chegava a me abafar com tanto amor, preferia às vezes que me amasse menos. O velho disfarçando com carrancas, tios e tias estourando por todos os lados com os batalhões de primos. Aconchegos, festinhas. Lembro de todos, amo todos mas não tenho vontade de voltar. Isso é saudade? Foi um período que se encerrou. Aqui começou outro eagora vai começar um terceiro período e então fico com esses dois períodos para lembrar. Será saudade?
- Acho que sim. Quando noviça, eu pensava muito na minha gente. Sabia que não ia voltar mas continuava pensando com tanta força. Como quando se tira um vestido velho do baú, um vestido que não é para usar, só para olhar. Só para ver como ele era. Depois a gente dobra de novo e guarda mas não cogita jogar fora ou dar. Acho que saudade é isso." (Lygia Fagundes Teles, em As Meninas)

---

Adoro!!!


25/05/2009

Clareana

"Clara,
Sempre que escuto seu nome, essa canção me vem à lembrança. Era como uma canção de ninar para mim, por isso ela me remete à infancia! Gosto disso porque ela me leva de volta para um tempo da delicadeza, da gentileza, da ingenuidade, da naturalidade.
E gosto de você pelos mesmos motivos.
Meus parabéns e meus votos pra que você conserve e proteja sempre toda sua candura."

Vanessa, amiga querida e irmã da Sabrina.
24.02.2007, aniversário de 22 anos.

22/05/2009

final de maio, segunda postagem.
às vezes fantasmas me cercam, calmamente, silenciosamente.

sou uma ostra, como diria dona dulce (não se referindo a mim, claro).
até que ponto nos (auto)conhecemos?

sobrevivi.
sobrevivo.

20/05/2009

sempres...

sempre penso em coisas para escrever aqui.
sempre penso, ao sentir um cheiro de mato numa tarde de outono, sobre escrever a respeito disso.
sempre, sempre, sempre.
e nunca.
hoje resolvi escrever.
devo estar sintonizada com o mundo.- exagerada, sempre. sintonizada, de vez em quando. -
duas vezes, na última semana, escrevi e-mails para duas pessoas sobre assuntos diferentes ao mesmo tempo em que recebi e-mails delas falando sobre os mesmos assuntos.
na manhã desta quarta-feira de chuvas estranhas, peguei um ônibus cheio, sem lugar pra sentar e fiquei perto de uma senhora com um cabelo esquisito, todo grudado, com creme de pentear unindo grupos de fios. cabelos mais claros que os da xuxa, ex-rainha dos baixinhos. me deu nojo.
tentei transferir minha atenção para outra situação. funcionou.
consegui um lugarpara sentar. abri meu Yalom e não consegui parar de ler.
até que meus instintos indicaram que estava na hora de parar. meu ponto se aproximava.
marquei a pagina, fechei o livro.
olhei para o lado.
adivinha?!
uma moça de cabelos curtos, cacheados - mas claros e soltos, lia o mesmo autor. o meu autor. o livro maravilhoso que emprestei à minha irmã.
deu vontade de conversar sobre.
me contive.
pensei em escrever aqui.
sempre escrevo quando vale.

28/04/2009

um dia eu vou.
morar lá longe................................ ai que vontade!
lá onde o vento faz a curva e judas perdeu as botas.
quero me perder, fazendo curvas, curvas e curas*.
como pisciana legítima, eu sou.

* seria "curvas". comi o "v" e resolvi deixar....

27/04/2009

fazendo aniversário

em maio completam quatro anos que te criei.
minha cria.
ideias minhas. desabafos. impressões. textos. quase-críticas.

às vezes me pego relendo o que escrevi quando mal tinha entrado na casa dos "inte". daqui a pouco chego à metade...
25...
escrevendo parece tanto.
vivendo, o começo.

20/04/2009

ganhei - ou melhor, o forcei a me dar, um caderno em branco.
e sem pauta!
quero escrever em algum lugar que não seja esse.
quero escrever com a letra desenhada pela minha mão direta.
com todas as linhas, subindo e descendo, traduzindo a emoção de uma vida, de um dia, de um momento.
o que posso dizer é que vale a pena.
às vezes fico irritada porque a letra não sai tão bonita quanto eu queria.
às vezes entendo que ela quer se libertar da estética e sair por aí...
de repente um érre maiúsculo no meio da palavra.
sem querer um ih! é comido no meio de outra, ou da mesma.

no papel as palavras, as frases, os textos ganham uma forma diferente.
única.

mas a verdade é que todos os textos são únicos.
por isso, meu querido, você continuará compartilhando momentos e textos comigo.

07/04/2009

, quase entrei numa de "querido diário",
eu disse "quase",

muitas coisas acontecendo nos ultimos tempos, muitas sensações, muitas emoções, muitas bobagens, muitas delícias, ciúmes, palavras ditas a mais, verdades vindo à tona, atitudes maduras, conselhos que já sabia que ouviria, mil inicios de leituras, nenhum termino, visitas indesejadas, amores desejados, saudades - como sempre, ar, água, terra, fogo, menos terra, mais ar, muita água, foram as águas de março, trazendo cheiro de mato, e cheiro de terra molhada, ai que coisa boa, vírgulas, vírgulas, vírgulas, mordidas de mosquito, dorzinha no peito, tpm, saudade - já disse?,
mais, mais e mais.

é bom estar sentindo tudo.

06/04/2009

bobas e boas

normalmente nem leio ou percebo a sorte do orkut, mas hoje, por acaso, li: "perdoe seus inimigos, mas nunca esqueça o nome deles".

boa frase!

não desejo o mal de ninguém.
só desejo que os maus se mantenham afastados.
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ganhei um biscoitinho da sorte e veio assim: "confiante aos sempre benéficos impulsos do coração, seus objetivos serão alcançados".

amo essas mensagenzinhas bobas mas boas.
melhor ainda quando chegam na hora certa, hoje.

23/03/2009

podemos virar marido e mulher, esposa e esposo, husband and wife, casados... mas que nunca deixemos de ser n-AMOR-ados!

17/03/2009

é de tarde.
ouço chico cesar.
sinto saudade.
acho que apareço por terras mineiras este ano.

13/03/2009

Obrigada, vida.

Passado, presente e futuro.
Todos juntos em uma só vida.
Parte delas, em palavras passadas e presentes juntas aqui.

O que passou, ficou.
Em alguns casos, ficou bem.
Em outros, ficou mal.
O que importa é que passou.
Sem dúvidas as experiências, boas e ruins, me fizeram ser como sou hoje.
E fico feliz por isso.
Eu e muitos dos que estão à minha volta, certamente.

Não lamento o passado.
Não há motivo para apagá-lo.
Neste caso, a maturidade veio cedo.
Obrigada, vida.

Respiro, sinto, vivo, respeito, AMO meu presente.
E o maior presente do meu presente é estar com quem escolhi e me escolheu há mais de dois anos.
Um belíssimo presente de aniversário.

Com letras maiúsculas no início das frases, escrevo e finalizo esse post.

12/03/2009

alô? obrigada.

alô? - a secretária, a eletrônica, atendeu com a já conhecida mensagem de deixe o sinal após o bip.
como sugerido pela secretária, iniciou o recado:
- oi, sou eu. da última vez que nos encontramos você disse que se eu precisasse poderia ligar... e eu preciso. aconteceu algo. eu percebi que cresci. não é lindo?! - com um sorriso de orelha a orelha.
e continuou:
- devo lhe agradecer, pois parte desse crescimento, parte dessa compreensão de mim, é graças a você e às nossas conversas, às vezes super falantes, às vezes cheias de silêncio. disse que eu deveria ligar caso estivesse em crise. pois bem. estive e saí. sozinha. eu consegui! esta semana eu estive tão desistimulada que poderia largar tudo e ficar dias na praia. só isso. bem, no meu caso, mesmo sem crise eu poderia fazer isso, aliás, seria ótimo. mas naquele momento seria negar, fugir, acorvadar. e você sabe o quanto a covardia me incomoda, ? ou será que me incomodava? será que a covardia está deixando de me incomodar porque estou encarando a minha de frente? mas o mais lindo dessa história é que me mantive firme. me superei. segurei as pontas. e todo o resto! deixei a raiva passar e disse: "precisamos conversar". marcamos para sexta mas no dia seguinte vi uma boa oportunidade: "pode ser hoje?". e podia! me preparei. falei. calmamente. desagressivamente. adultamente. admiravelmente. obrigada por me ajudar a encarar toda essa simples complexidade que é ser adulta. espero que essa ligação seja um presente. e tão bom quanto amadurecer está sendo pra mim.

10/03/2009

laranja

lembrou-me ontem de quando eramos pequenas.
sentávamos com as amigas, vizinhas, e sua mãe para comer laranja.
as férias.
minhas férias regadas a laranjas e tangerinas no terraço ou na vila.

a feira na porta de casa, os primeiros anos de vida.

impressionava-me como a minha senhora conseguia cortar aquela casca tão inteira.
o mais gostoso era a brincadeira.
uma letra a cada semana.
um novo bem querer a cada semana.

e o sítio?
sair para colher laranjas era sempre uma das atividades mais esperadas.

até um pinto foi morto à laranjada.

não há como negar sua importância, querida laranja.

04/03/2009

e não é que anda mesmo!?

sabe essa história de a vida anda passando a mão em mim?
acho que em mim anda passando as mãos, os braços, as pernas, o corpo todo!

momento de difícil decisão.
preciso aprender a ser só.

como?

só aceitando as passadas de corpo da vida.
vamos ver no que vai dar.

03/03/2009

parece que foi ontem.
vinte e quatro anos.
aconteceu aos vinte e dois, nós dois.

muitos carnavais, banhos de mar, cafunés, sonecas à tarde e palavras gostosas pra você, pra mim, pro um que somos.

nós somos.

02/03/2009

as noites têm estado lindas como há muito tempo eu não via.
agora viraram romance.
as noites de céu estrelado.

12/02/2009

lua deslumbrante

pode estar tarde ou pode ser o caminho mais longo... não me privo de estar aqui, agora.
sinto o ar fresco da noite neste longo e delicioso caminho.
uma lua imensa, redonda e mágica me seguindo.
eu só poderia ter uma boa noite.

22/01/2009

olho pra trás e não consigo não sentir saudade.
sinto saudade dos gostos, dos cheiros, das noites não dormidas, das pessoas...

mas nada, nada, nada e nada se compara ao que é estar assim.
não trocaria os últimos dois anos por, digo mais uma vez, nada.

estar assim é tudo.
amar assim - a vida e você - é tudo o que me faz bem.
além da saudade, é claro.