meu telhado? um troço estranho, de ferro com um tecido em cima. vejo os outros usando em dias que cai água do céu. chamam de guarda-chuva, mas pra mim é telhado.
minha casa? aqui, ali... onde der pra parar, dormir e recomeçar a rotina de imprevistos.
minha comida? cato nuns cantos pela casa, as minhas ruas. as ruas são minhas. minha morada.
a comida às vezes vem de enormes e negros sacos plásticos deixados em frente aos prédios, às vezes de umas senhorinhas que me trazem um líquido quente. chamam de sopa, canja, caldo... tantos nomes pra uma coisa tão simples: comida.
minha vida é assim, ando pra lá e pra cá, com toda a liberdade de quem nada tem a perder mas nunca ganha.
(sobre)vivo, um dia após o outro.
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