29/06/2009

análise, como devem saber, já faço há alguns anos.
hoje foi a vez do mapa astral.
ganhei da minha chefe no aniversário deste ano e esperei um bom momento para fazer.

a gente tenta entender como funciona a vida, mas não adianta,
viver, de verdade, ultrapassa qualquer entendimento.

só não há como negar que o mais gostoso é a brincadeira.
além, é claro, da torcida para que as coisas boas que ela disse aconteçam de verdade.

19/06/2009

...a questão do diploma...

sempre ouço que aqui no Brasil, infelizmente, só se pode ser alguém se tiver um canudo na mão - não me interpretem mal, por favor... quando digo canudo, me refiro ao tão valorizado diploma.

há quase meia década - god, estou ficando velha! - cheguei a cursar alguns períodos de jornalismo, e, confesso, não foi algo que tenha me encantado muito, embora adorasse algumas matérias teóricas.

há dois anos e, quase, meio, entrei para a graduação de Política e Produção Cultural e descobri ser uma amante da vida acadêmica.
amo os textos, as discussões e as pesquisas.

porém, mesmo apaixonada pelos estudos, sempre rola uma crise.
e são nesses momentos que ouço a frase que iniciou esse post.

mas a decisão que me dá um novo olhar sobre essa cultura do canudo, que insistimos em preservar, também me deixa um pouco confusa.

sinto muito quando penso nos meus colegas que estão concluindo a universidade agora, se matando para escrever suas monografias.
mas eu sinto pelo valor agregado ao diploma, não pelos conhecimentos adquiridos, que, certamente, os fizeram crescer e olhar a vida de forma mais crítica.

por outro lado, cruelmente, vibro pelo possível despero dos que entraram para a universidade apenas para obterem o tão sonhado canudo.
vibro pelos que pouco aproveitaram as informações passadas, que só se preocuparam com as chopadas e bebedeiras nas esquinas. (não que as bebedeiras nas esquinas não sejam deliciosas, mas cursar a universidade não pode se reduzir a isso.)
vibro, acima de tudo, pelo desespero dos que mantiveram a postura de alunos do ensino médio , dos que mativeram a política de "estudar pra passar" e deixaram de aproveitar o melhor que a universidade pode oferecer - o prazer pelo conhecimento, o universo de infinitas cores que cabe em cada um de nós.

agora, o curioso, é que temos um presidente da república que não frequentou a universidade.
o mais curioso é que muitos de meus colegas politizados, que pegam seus diplomas de jornalismo este ano ainda e, por isso se sentiram injustiçados com a sentença, defendem fortemente a gestão do Lula.
estranho, não?

não sou ninguém para falar verdades.
mas a minha verdade - de hoje, vale ressaltar... - é que a questão do diploma é cultural e precisamos desconstruir a imagem de que só quem tem diploma é qualificado.

não desvalorizo a formação acadêmica, afinal, estaria me auto-desvalorizando pois pretendo não apenas ser bacharel, mas estudar muito e tornar-me, no mínimo, mestre.
mais que isso, pretendo lecionar em universidades.

gosto da idéia da liberdade de se poder ser o que se é e o que se quer, sem estar preso à idéia de um canudo.
valorizo o aprendizado pelo conhecimento, não apenas pelo reconhecimento do mercado.
a idéia de que só o canudo te leva a um bom lugar pode ser muito equivocada por transferir o valor para um objeto, uma imagem construída e deixar de valorizar o que realmente importa - a expansão intelectual.

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talvez tenha sido prolixa.
se fui, desculpem.
tentei organizar as idéias e colocá-las da melhor maneira.
pra mim.
e pra vocês.


18/06/2009

amélia não tinha a menor vaidade.
amélia é que era mulher de verdade.

esbarrar em uma amélia, "mulher de verdade", nos dias de hoje é algo muito mais difícil do que nos tempos que Mário Lago a compôs - ou descreveu, se assim preferir.

pollyanas? sempre iremos encontrar.
acho que nesse ponto não há evolução da mente humana que evite.

chega a ser contraditório pensar nesses exemplos de "sou feliz a qualquer custo e apesar de tudo", ou seja, de negação do sofrimento, em tempos em que a depressão é algo que acabou se tornando corriqueiro.

vivemos uma esquizofrenia.

fomos de um extremo ao outro.
já parou pra pensar nisso?

17/06/2009

impossível ter a vida de antes.

olho pro que passou e, simplesmente, não dá.

a sensação que tenho é que parou no tempo.
ela e tudo daquele tempo.

será que parou ou eu que não sou a mesma?

não sei.
só sei que é assim.


04/06/2009

por um pe(r)dido de meu irmão, sem querer encontrei muitos cds perdidos.
cds com fotos, músicas, vida!

é bom dar uma revirada no baú,
é bom saber que continua sendo preenchido de vida, em cada momento.

dias irregulares.
ora eufóricos, ora tristonhos.

03/06/2009

saudade, o meu remédio é cantar

"- Não sei explicar, mas lá é como este café adocicado e quente. Minha mãe chegava a me abafar com tanto amor, preferia às vezes que me amasse menos. O velho disfarçando com carrancas, tios e tias estourando por todos os lados com os batalhões de primos. Aconchegos, festinhas. Lembro de todos, amo todos mas não tenho vontade de voltar. Isso é saudade? Foi um período que se encerrou. Aqui começou outro eagora vai começar um terceiro período e então fico com esses dois períodos para lembrar. Será saudade?
- Acho que sim. Quando noviça, eu pensava muito na minha gente. Sabia que não ia voltar mas continuava pensando com tanta força. Como quando se tira um vestido velho do baú, um vestido que não é para usar, só para olhar. Só para ver como ele era. Depois a gente dobra de novo e guarda mas não cogita jogar fora ou dar. Acho que saudade é isso." (Lygia Fagundes Teles, em As Meninas)

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Adoro!!!