13/11/2015

percepções

escrever, escrever, perceber.
o mundo traduzido.
o sentir contínuo em palavras.
hoje, por exemplo,
senti o quanto gosto de caminhar pelas pedras portuguesas do largo da carioca.
o largo democrático:
de um lado um pregador do discurso de ódio, que, quando passo, tapo - literalmente - os ouvidos.
(ele também - não literalmente -, para qualquer argumentação... a prática já dura anos, em nome de deus [que deus prega o não amor???])
de outro, um ser que faz sons usando uma lixeira, um cano e materiais reciclados,
as bancas? cada uma com seu som, elton john musical, elvis, raça negra,
a ação com filas enormes, cadastrando candidatos a empresgos,
a tenda com capoeira, com lutas, as pessoas em suas horas de descanso, de almoço, de vôos, 
os mendigos, os hippies, os estrangeiros, os engravatados, as empresárias, as gostosonas.
tudo num mesmo espaço, todos de passagem.
todos juntamente separados.
o céu está azul.
o charme está no ar.
o sol aquece. ilumina.
o céu ontem, em meio a esses estímulos todos, estava dourado.
exibia pequenas formas, separadas entre si, de nuvens que compunham o todo.
olhava e andava, andava e olhava.
são essas coisas, são elas que me fazem sentir viva.
o pulso ainda pulsa.
os olhos veem, o corpo percebe.


11/11/2015

sei lá, mil coisas.

mar.
cores outonais.
chuva aqui dentro.
calor incessante.
chuva e calor.
calor (s)em luz.
calor e água.
combinações improváveis,
tipo as que tenho aqui.
carregando aqui, ó:
bem aqui, ó.