30/10/2009
29/10/2009
28/10/2009
26/10/2009
com força, muita força, abriu a janela,
lembrou que a lua cheia estava por vir,
procurou-a no céu, mas nada além de nebulosidade,
um cheiro de verde,
cheiro de querer voltar pra maromba,
cheiro de querer viajar com o motorista doido,
cheiro de quando era pequena e via a agua que lavava o vidro do carro,
escorrendo, lisa, lisa,
cheiro de inspiração, inspiração, inspiração,
cheiro de querer voltar pro paraíso,
cheiro de querer sempre mais.
um outro cheiro a acompanhou,
não sabia identificar,
apenas sentia,
de olhos fechados, sentia.
identificou quando os primeiros pingos molharam seu rosto,
era terra molhada,
cheiro de chuva.
deliciou-se,
ainda de olhos fechados,
sentiu.
quando abriu-o por instantes,
viu os riscos dos pingos com o vento,
horizontais,
horizontais como o horizonte infinito no mar,
sentiu o cheiro de terra molhada
e lembrou a que lua cheia estava por vir.
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a semana começou bem.
23/10/2009
abri os olhos, coloquei o computador no colo, abri o email.
é, a tecnologia me permite isso.
a tecnologia e a internet sem fio do vizinho.
mas não é isso que importa…
o que importa é que abri o e-mail e vi mensagens da amiga que nunca vejo e lembro sempre.
minha melhor poeta de imagens.
minha melhor fotógrafa.
o dia amanheceu belo, mesmo com o cinza no céu.
minha amiga apareceu e, que feliz!, se surpreendeu em ver isto aqui.
nascido em 2004, vivo em 2005,
cada vez mais vivo,
cada vez mais metamorfótico – isso existe?
de vez em quando me pego lendo o que me escorregava entre os dedos em 2005.
me perco nas lembranças, feliz com o presente.
intensidade.
intensidade no sentir, mais que no falar,
muito no expressar.
intensidade que pode virar chatice ou encanto.
intensidade no sentir,
frio na barriga que sobe e desce, sobe e desce.
intensidade no silêncio, intensidade na palavra materializada,
intensidade, impulso que traz movimento à vida.
22/10/2009
a tal questão do museu imaginário
O meu Museu Imaginário está, e acredito que estará sempre, em fase de construção, pois a aquisição de conhecimento é algo que me move diariamente.
Ao refletir sobre o meu acervo, fico chateada por não estar enriquecendo-o tanto quanto gostaria. A falta de tempo, problema comum nos dias de hoje, não me permite explorar mais as informações, ir à exposições ou, mais simples que isso, chegar em casa e abrir o livro sobre História da Arte e ler.
O cotidiano nos empurra a cumprimento das obrigações, o que absorve grande parte de nossa energia. Por outro lado, fico feliz pela escolha acertada de, dentro das obrigações, fazer algo que me dá prazer.
Enriquecer , mesmo que em curtos passos, o meu Museu Imaginário é algo que escolhi para a vida.
19/10/2009
não, não estou convencida nem nada.
, mas sabe o que é?
acho que consigo escrever como se estivesse aqui, bem ao meu lado.
ao meu lado em uma mesa de bar ou no sofá da sala.
não sei ao certo, talvez seja algo diferente.
talvez seja proximidade, mesmo com a distância.
talvez seja, talvez não.
é.
15/10/2009
no final de semana me disseram ser parecida com ela.
não concordo.
não sou parecida com ninguém.
nem comigo.
sou parecida com todas, me identifico com muitas, sou nenhuma.
difícil me identificar, saber quem sou.
saber, na verdade, como sou pra você.
acho que sou muitas. só depende do dia.
do meu e do seu.
hoje foi dia de cerveja.
dia de término, dia de começo.
dia de percepções, dia de quero mais.
dia de quero mais cerveja.
dia de quero mais conhecimento,
dia de quero mais praticas.
dia de quero mais isso, tudo.
hoje foi dia.
12/10/2009
05/10/2009
o poder da palavra
é que nos últimos dias ouvi coisas que ecoaram, aram, aram... na minha cabeça giratória.
uma delas foi que esse espaço é egocêntrico.
o que!?
mas é, na verdade.
minha proposta sempre foi escrever sobre mim, sobre minhas impressões.
por que a surpresa, então?!
não sei, talvez porque egocentrismo sempre tenha me remetido a egoísmo.
a outra foi que há cerca de 3 anos, a impressão que se tinha era que eu queria ser algo que não era.
outro baque.
mas pensando bem, queria mesmo.
e ainda quero.
por isso leio, estudo, por isso procuro cada vez mais construir um ser que eu quis, em algum momento, ser.
e vou estar sempre querendo, acho.
se egocentrismo for falar sobre o assunto que mais tenho propriedade, este espaço realmente é egocêntrico.
passei mais de três anos me estudando, incansavelmente.
foram anos lindos e dolorosos, costurados cuidadosamente.
acho que hoje sou alguém que construí, que quis ser há três anos - ou vinte e quatro, sei lá.
espero daqui a cinco, tre realizado o desejo do que quis hoje ser.
descobri, neste tempo, o poder das palavras que nascem, brotam e saltam de mim.
01/10/2009
Cheguei a pensar que foi a maior loucura ter puxado História do Oriente Médio.
De produção, nada tem.
Mas o conhecimento é válido. E muito!
Hoje o dia foi de Curadoria de Arte, uma matéria deliciosa.
A Renata, professora, brinca com o conceito de "Museu Imaginário".
Eu?
Eu dou asas à imaginação.
Vamos ver no que vai dar.