19/12/2008

mais um final de ano...

final de ano... mais um.

a retrospectiva do que foi vivido.
2008 foi um ano cheio.
cheio de novidades, amigos, amor e muito trabalho.

trabalho na faculdade, estágios...

muitos pensares e alguns pesares.

viagens deliciosas em companhia de pessoas queridíssimas.

um bom ano.

mas alguma coisa me aperta o peito.
talve seja o medo do novo.
talvez seja a incerteza de de repente largar as noites de quinta.
sinto que se fizer isso será como estar me largando.

por outro lado, já descobri coisas a meu respeito que podem me ajudar a seguir.
ja consigo olhar pra mim sem ver só os defeitos ou somente as qualidades.

vamos ver.
estou com medo mas feliz e confiante.
apesar da insônia que me manteve acordada esta noite, anunciando que um ciclo se completa e outro se inicia.

03/12/2008

saia justa, lembranças e reflexões

Já existiu uma época em que ver Saia Justa me proporcionava mais prazer. Achava as discussões mais interessantes que “pseudo-intelectuais”. Apesar disto, ainda assisto e, em alguns momentos, sou levada à reflexão. Hoje, contrariando o que tenho sentido há um tempo com relação ao programa, fui levada à duas.

A primeira, com relação ao ocorrido em Santa Catarina e a mobilização para socorrer as vítimas da catástrofe.

Cada vez que acontece uma catástrofe - seja gerada por fatores da natureza ou atitudes de seres humanos - explorada pela mídia, penso nas que acontecem diariamente e não são super exploradas ou sequer divulgadas.

Certa vez, em uma saída com o Diogo, amigo querido, paramos em um bar na Evaristo da Veiga, Lapa (RJ), em frente a um lugar onde tocava samba em alto e bom som. Dentro deste espaço de show, pessoas que podiam pagar R$20 de entrada para se divertir ao som de bons músicos. Nós, por acaso, éramos do grupo que poderia pagar para estar lá, mas optamos por ouvir a música no boteco pé-de-chinelo em frente, tomando nossa cerveja em garrafa a R$2,50. O nosso samba naquele domingo foi na rua, junto dos que por alguma razão também estavam naquele pé-sujo.

Sambando, conheci um cara de aproximadamente 50 anos que morava numa favela próxima. Entre sambas e cervejas, ele nos contou coisas pesadas do local onde morava e vi naquela pessoa uma alegria que não se encontra em qualquer lugar. Não sei se isso se deu pelo excesso de bebida – meu e dele. Quando nos despedimos, senti tristeza, muita tristeza gerada pelo questionamento a respeito de como seria a vida daquele homem? Tão alegre, tão anestesiado, tão diferente... Chorei e mais nada.

É isso que fazemos, choramos e mais nada. Ajudamos e mais nada. E isso quando não ignoramos o mendigo que dorme na porta do prédio, às 4 da manhã, depois de uma carona de um amigo morador da Borges de Medeiros em seu super carro 4x4.

Márcia Tiburi levantou uma questão que já havia me atormentado a mente em algum momento.

Falou sobre se conviver bem com a desigualdade e se importar apenas com as conseqüências da mesma.

A partir desta reflexão, penso que ao mesmo tempo em que, no caso citado anteriormente, abri espaço para o diferente me contar um pouco de sua realidade tão estranha a mim, questiono-me se não o fiz apenas pelo fato de naquele momento sermos iguais: duas pessoas ouvindo o samba do lado de fora e pagando o mesmo preço pela cerveja, duas pessoas se divertindo da mesma forma.

Já com relação ao homem que tive que tomar cuidado para não pisar por estar dormindo exatamente no espaço da entrada do prédio, dei graças a Deus por este não acordar e tomar qualquer atitude violenta comigo, ou seja, pulei-o, ignorei-o e agradeci aos céus por ele não fazer nada que me agredisse.

Apenas isso.

Só me questiono sobre qual seria a sensação se algo ruim me acontecesse naquele momento. Ou pior, será que este homem que ignorei fez algum mal a alguém no dia ou semana seguinte?

Não sei. O que sei é que a mim nada foi feito e isso me bastou.

Assim como esses exemplos, muitos outros poderiam ser registrados. Sentada no sofá da espaçosa sala, com o notebook no colo, escrevo e reflito sobre as desigualdades que me abalam de vez em quando - quando através de um programa de TV paro para olhá-la de frente. Será que minhas adoradas ciências humanas me ajudarão a mudar alguma coisa aqui dentro – e lá fora – ou me servirão apenas como base para uma “pseudo-intelectualidade” e discussões em mesas de bar, onde, em alguns casos, só existe a necessidade de se falar mais alto e citar inúmeros teóricos clássicos?

Posso estar generalizando e me desculpem por isso. Há necessidade real de se pensar mais a respeito disso tudo.

A segunda questão que me levou à reflexão? Leila Diniz. Será que conseguirei escrever sobre essa figura mitológica antes de digerir a questão anterior?

19/11/2008

onde é que oamor se perde?
quando deixa de ser amor e vira ferida?

pra que ferir o outro desta forma?
inacreditável.
imcompreensível.

o meu amor?
está bem, obrigada.
e que assim seja: eterno enquanto dure.
e que dure pela eternidade de uma vida.

10/11/2008

sempre penso na criatividade que as pessoas têm em criar nomes para seus blogs.

eu poderia colocar tangamandapiana, como já foi.
ou acho que foi.
mas, como disse, já foi.

não sei se não tenho criatividade ou se os outros têm em excesso.

dá um pouquinho aí, gente...


duas horas de viagem e muitos pensamentos.

pensamentos que poderiam, ou deveriam, estar aqui.

pensamentos de viagem. 
com ela ficaram.

muitas conversas profundas. 
e rasas.
conversas, conversas e mais conversas.

às vezes me cansa. 

não, na verdade nunca me canso.

02/11/2008

viagens

ia escrever alguma coisa. esqueci.

esqueço porque me faz bem.
ou será que não?

ah, já sei.
o excesso de informações.

um dia denso.
um final de semana denso.

começando com um trabalho, terminando com uma boa conversa de bar.
e como toda boa conversa de bar, terminada em confissões.
não as de adolescentes.
como as de adolescentes.
na verdade já não sei mais.

mais um dia. a ressaca aparece.

mas antes do final de semana, a semana.

tpm.

a pior coisa que pode acontecer quando se está na tpm é ouvir que se está na tpm.
homens, aprendam.

um domingo de paz.
um inicio de semana com saudade.

e a já familiar tosse que tem me acompanhado há alguns finais de ano.
afinal, é novembro.

13/10/2008

depois de um longo dia, um banho.

ah, um banho!

músicas e uma saudadinha boa...

amo sentir saudadinha boa, sem nada que me ajude a fazer com que fique pesada...

leve e sustentável. por hoje.

amo o meu hoje.

07/10/2008

A felicidade era tanta que nem acreditava... novamente sentia necessidade de escrever... que maravilha!!

Estar feliz não era pleno, viver talvez fosse.

Estava feliz. Insegura, mas feliz. Feliz, feliz, feliz.

Entendia seu coração selvagem, que a angustiava, a guiava e a fazia ser exatamente o que era. Com suas experiências, seus medos, anseios e sua alegria de viver.

Como era bom viver!
Bom e denso.

Viver era sentir cada membro do seu corpo... não... mais que isso.
Viver era sentir cada sensação tão intensamente que as palavras não conseguiriam traduzir.

Viver não era estar vivo, era viver.

26/09/2008

apaguei uma vez, vamos ver quantas mais vou apagar até sair alguma coisa que valha...

estou ficando velha.
.
.
.
estou ficando velha, velha.
.
.
.
estou ficando velha e a cada dia que passa tenho mais certeza disso.
talvez seja a nostalgia que me acompanha desde as primeiras inspirações, dos primeiros momentos de vida, nos quais já estava envelhecendo.

mas não como agora.

me olho e não me vejo mais como era.
não sei se é bom, não sei se é ruim.
às vezes é bom, em outras ruim.
e assim é que se vai vivendo.

pensamentos que me acompanham, na rua, em casa... acompanham cada passo.
pensamentos que a cada dia me fazem envelhecer um pouquinho mais e marcam meus gestos, meus gostos, minhas falas e meu rosto. marcam meu olhar.

olhar cada dia mais denso.
tentando melhorar.

não quero mais mudar o mundo, como quisera aos 19 anos.

estou bem. mas velha. mesmo velha.
estudando, trabalhando, namorando... tudo tão bom.

e as incertezas insistem em me perseguir.
ou eu insisto em perseguí-las?
já não sei mas.
só sei que é assim.


será que valeu?

04/09/2008

bichinho do mato

acho que bichinho do mato foi o melhor apelido que já sugeriram pra mim.

calma, zona zen... enquanto estou no meu habitat sou uma calmaria, mas basta uma sensação de ameaça e pronto! parto para o ataque...!!!

bichinho do mato...
juma marruá...
clara martins!

03/08/2008

tudo fica mais denso em dias como esse...
os dias como esse são gostosos, saudosos... melancolicos, arrastados... tristes, pesados... lindos, cinzas.

ler? hum... não.
escrever? ... acho que não dá...

com que pernas eu devo seguir?
com que cara eu vou sair?

não sei. mas vou.

24/06/2008

vovó

http://mentesdiversas.blogspot.com/2007/09/uma-aprendizagem-ou-o-post-dos-prazeres.html

há pouco menos de um ano escrevi sobre a grande mulher que teve forte influência na minha formação.
e nada ainda tinha sido diagnosticado.
o final do ano foi pesado para os que a cercavam.
ninguém está a espera de um cancer. mas ele chega, de mansinho. se instala e quando vc vê, pode superar. ou não.

mas correspondendo a todas as minhas expectativas - minhas e de todos que a amam , dona marinette se recuperou mais rápidodo que poderiamos esperar.

o medo que havia se instalado sumiu em pouco tempo. muito guerreira.

mais uma prova.
mais um exemplo.

O exemplo de vida!

amo demais!

19/06/2008

tpm?!

não, não, não...
tem alguma cisa errada aqui.
às vezes eu acho que não nasci pra isso.
será que é porque tenho lido muita clarice lispector nessa vida?

não, não, não...
não sei.
será que sim?
acho que não.

sei que não sou.
sei que sou.

realmente sou.

muito confuso.
muito incomodo.
muita tpm.

28/05/2008

ela

ela queria entender o mundo, mas não chegava a entender nem o mundo dela...
gostava de ser... mas o que?
perguntava-se muito o que era pra si, o que era para os outros, o que era pra ela?
sentia uma agonia profunda ao sentar na janela do ônibus e olhar nos olhos da pessoa na janela do onibus ao lado.
gostaria de ser mais extrovertida, mais falante, mais, mais, mais...
gostaria de falar menos, criticar menos, rotular menos, menos, menos, menos...
ah, como queria tudo pra sempre... assim, sem mudanças...
mudanças eram chatas, davam medo.

não queria mais relembrar o passado. pra que entender o passado?
pra que relembrá-lo?
que deixassem o freud de lado, ué...
vamos viver o hoje...

mas como? olhando as fotografias daquele passado tão distante...?

a verdade é que ela era feliz e não sabia.
não ouviu as palavras da tia, que vivia dizendo que viver ultrapassa qualquer entendimento.

faça essa ideia valer.

17/04/2008

o que é ter conteúdo?



acabei de ver uma comunidade "mulheres com conteúdo", no orkut.

mas o que é ter conteúdo?

23/03/2008

reticência

ando postergando o final da leitura.
a menina é tão encantadora.
seu amigo e pai também.
roubar livros é algo muito maior.
não é roubar livros.
é agregar significados aos momentos, aos atos.

ando feliz.
amor, reconhecimento, esperanças, novidades, convites... amor.

ando ansiosa.
a espera pode ser uma grande tortura, mas não está sendo.

ando neurótica.
o medo às vezes toma conta do mundo.
do meu.

ando saudosa.
coisas vividas e marcantes.
coisas não vividas não deixam saudades.

ando vivendo.
a cada dia, em cada momento, acima de tudo, amando.

07/02/2008

reflexões

uau... primeiro post de 2008.

pensar é algo louco.
viver é algo mais louco ainda.
pensar sobre viver... ai, isso é complicadamente pior.

mas eu faço.
ui.
difícil.

pensar sobre se esconder atrás, nos bastidores da vida para não encará-la de frente.
encará-la de frente é algo não muito fácil.
eu disse "não muito"?
desculpem, quis dizer, NADA fácil.
enquanto estamos atrás das cortinas, em frente ao público e escondidos dele, o frio na barriga nos impulsiona a ir ou ficar.
às vezes eu vou, em outras, fico.

confesso que tenho ficado mais.

sou uma atriz na vida e me recuso a ser nos palcos.
essa é uma questão que me vem quando penso na vida. a louca. a minha.
não sou uma atriz com quem me rodeia, antes fosse. assim, interpretaria nos palcos da vida.
mas sou uma atriz na coxia, escondida, no meu íntimo.
uma fortaleza.
um furacão.
uma medrosa.
uma mulher.
uma menina.

coragem, menina.
olhe-se no espelho.
veja a mulher que és.
perceba a força que tens.
não se esconda atrás da cortina.
há quem garanta que a brincadeira de viver pode ser muito mais prazerosa.

é só.