31/01/2007

sinceramente...

sabe o que eu queria agora, meu bem?
sair, chegar lá fora e encontrar alguém...
que não me dissesse nada
e não me perguntasse nada também
que me oferecesse um colo, um ombro
onde eu desaguasse todo desengano
mas a vida anda louca
as pessoas andam tristes
MEUS AMIGOS SÃO AMIGOS DE NINGUÉM
sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
morar no interior do meu interior
pra entender porque se agride
SE EMPURRAM PRA UM ABISMO
se debatem, se combatem, sem saber
meu, amor, deixa eu chorar até cansar
me leve pra qualquer lugar
aonde Deus possa me ouvir
minha dor
eu não consigo compreender
eu quero algo pra beber
me deixe aqui
pode sair
adeus....


que dia... que noite... que amizades... dor.

21/01/2007

RJ, 22 de janeiro de 2007. 1:18 do novo dia.

Caminho, caminho, caminho.
Caminho na chuva.
Caminho no sol.
Caminho sorrindo.
Por vezes chorando.
Paro.
Penso.
Será que um dia eu encontro o meu caminho?

05/01/2007

Pior que a ostentação material é a intelectual.
Pessoas acham que são e sabem muito.
Uma disputa para ver quem é mais cool, ou seja, quem gosta e conhece mais coisas diferentes, tem cabeça mais aberta, escreve mais bonito no seu perfil do Orkut ou usa palavras menos usuais.
Seria muito mais fácil e, abusando um pouco, muito mais digno por ser sincero, se escrevessem sobre os seus sentimentos na forma mais pura. Ou nem escrevessem, bastaria que sentissem. Um sentimento real, não esse formatado que lhes dá a impressão de "estou pouco me fodendo para a opinião alheia".
Gente... não existe a percepção de que é moda ser assim? Compra-se ideias prontas.
Se for olhar pelo outro lado, tenho que dar a mão a palmatória. Afinal, se a função do sistema em que vivemos é manter a ordem, estão fazendo. E muito bem. Mantendo alienada uma nova geração. Uma geração de seres que não conseguem construir um pensamento próprio, que vêem nas suas atitudes (como matar aula para fumar um) a revolução...

Não dá pra ser hipócrita a ponto de dizer que não faço parte dessa juventude, dessa nova geração. Volta e meia me pego querendo impressionar os outros. Mas tendo consciência disso, logo me calo.

Reflexão: o mundo não se contenta com muito e nós nos contentamos com pouco.