25/05/2010

vinte e cinco de maio

abafam-me: os sons, a não-simplicidade...
ocultam meu som: os significados mirabolantes, o não obvio, as pretensiosas pretensões.
meu obvio parece mais poético do que qualquer poesia inventada, qualquer palavra falada, qualquer significado agregado.
meu obvio é minha poesia.
se é que isso pode ser chamado de poesia.
meu óbvio é o olhar, é o sentir.
expressar na palavra viva e morta.
morta por ser palavra.
morta por ser falada.

16/05/2010

Vida vivida, vida corrida.
O que farei eu da minha vida?
Um mar de mistérios,
Caminhos previstos…
Como escrever poesia com esse tempo sem tempo?
O cedo acordar, a noite virar,
O trabalho que consome,
O amor que nos une.
Isso é vida,
Isso é tempo.
Sem tempo.
Tempo.