26/03/2010

vinte e seis de março

doces bárbaros, brigadeiro,
doces bárbaros, visconde de mauá,
doces bárbaros, música gostosa,
doces bárbaros, geração em transe,
doces bárbaros, amigo querido,
doces bárbaros, tropicalismo,
doces bárbaros, bárbaros doces.

24/03/2010

...a da vez...

"Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim"

18/03/2010

dezoito do três

duas meninas.
tão próximas e tão longe.

o que valeu registrar foi a idéia de que nada adianta a análise se a mudança não começar pelo analisado.
fazer análise para mudar o externo não pode dar certo.
a análise ajuda a compreender questões para lidar com o mundo externo mais facilmente.

17/03/2010

dezessete de março

gosto de janelas e portas,
do movimento de folhas no outono,
das cores da primavera,
do calor do verão - por que não?
gosto da companhia sempre bem vinda do inverno,
gosto de você.

sempre.

comigo.

05/03/2010

não-literário

Aulas de literatura brasileira, conhecimento de estilos e diversos métodos que permitem com que se faça uma análise de textos.

A cada vez que ouço falar disso, me vejo mais longe de qualquer possibilidade de acreditar que escrevo bem.

Às vezes penso que escrevo sempre as mesmas coisas, as mesmas coisas. Mesmas. Coisas.

Besteiras que circulam pelas cabeças embaralhadamente pensantes de seres que passam muito tempo sentados entre as andadas e paradas dos ônibus pelas ruas da cidade...

Saindo da aula segui direto para a livraria, precisava ler. Literatura. Ficcional.
Algo que me prendesse e mostrasse tudo o que vi nas aulas enlouquecedoras e adoráveis de Diana.
Fui aos meus bons e conhecidos Clarice e Hatoum.

O Milton está longe, muito longe - do que eu conseguiria escrever...
Envolvente e surpreendente, apesar de sua marca estar sempre presente em todas as obras escritas por ele e já lidas por essa "escritora" fajuta.

Clarice, através de suas múltiplas personagens, sempre tão próximas, atrai-me tanto que passaria horas, horas e horas,
dias inteiros! lendo suas frases sempre tão fluidas.

Comecei, hoje, por ela.
Recomecei, pra não mentir...
Reli o que foi meu primeiro contato com sua obra: "Os Desastres de Sofia".
Ganhei "A Legião Estrangeira" na adolescência. Por incrível que pareça, da minha mãe.
Coitado, ficou encostado por anos... será que a resistência foi à Dona Terezinha?
Pode ter sido.
Aos vinte e dois, fui presenteada com "Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres".
Uma aprendizagem E o livro dos prazeres, eu diria.
É sempre um prazer lê-la.

E eu, nessa história toda?
Continuo sentada, batendo rapidamente nos caracteres deste teclado cinzento, tentando sair da farsa e encontrar algo que...
Reticência substitui o 'não sei'?