23/02/2010

aos meus amados amores

Chegando ao fim do ano, o pessoal.
Último dia com 24, a partir das 22:45 do dia 24, viverei os primeiros momentos dos 25.

Estive pensando que a vida pode ser comparada a um projeto.
Não é por acaso que alguns a chamam de "projeto de vida".
Todo projeto tem começo meio e fim, tal qual nossas vidas.
Todo projeto tem objetivos, justificativa... também tem as expectativas em relação às respostas de outros.
Todo projeto tem marcos.
Toda vida tem marcos.

Foi pensando nos marcos da vida que, ontem, descobri a semelhança.

Nesses 24 anos, tive alguns marcos.
Ora positivos, ora negativos.
Marcos.

O mais recente, foi aos 22 anos, quando resolvi definir meus objetivos e dar motivos que justificassem a minha existência.
A justificassem para mim.

Meu 21º ano foi delicioso, rodeada de amigos queridos, cerveja, rodas de samba - aliás, samba era só o que eu ouvia e dançava. Às vezes abria um espaço para o forró, nunca para o rock.

Comemorei a nova idade da melhor maneira.
Ao lado de amigos queridos, ao som de muito samba, feijoada, cerveja, confetes e serpentinas. Era fim de carnaval!

Mas como todo carnaval, minha fase foliã extremista teve fim.

A necessidade de encontrar meu caminho me atormentava com a chegada dos 22 anos.
Sentia que precisava fazer algo por mim.
Algo além da folia, que ainda amo - mas não me preenche por completo.

Então pesquisei um curso superior que me interessasse.
Encontrei.
Negociei.
Poucos dias depois do lendário aniversário, me matriculei.

Na hora extra que ganhei naquele dia 24 de fevereiro, graças ao horário de verão, sem esperar, conheci meu novo amor.

Na mesma semana, fui chamada para ser hostess de uma casa noturna que estava prestes a ser inaugurada.

Minha vida deu uma voltinha pouco modesta: de funcionária da lojinha de fotos ao lado de casa à hostess de uma casa de um dos maiores grupos de casas noturnas do Rio e à produtora cultural; de solteira, livre, leve e solta à felicíssima com um novo amor; de sem rumo ou perspectiva sobre a vida acadêmica à mais nova aluna de Produção Cultural.

Amei, sofri, tive crises, muita saudade, muitas viagens.
Continuei a viver no devir, com objetivos diferentes.
Cresci.

Sinto que terei bastante novidades aos 25, afinal, é o famoso 1/4 de século.
Isso me assusta um pouco.
Mas estou feliz com as minhas escolhas, sentindo o chão firme.
Não por isso menos macio.
Chão com pedras que dão uma carga de adrenalina e outra de tranquilidade quando ultrapassadas.
Chão por onde quero caminhar por muito tempo.

Com mudanças necessárias, com amores, vento no rosto, banhos de mar, cachoeiras e chuvas, sambas, rocks, sons, luas cheias, passeios de bicicleta, sorrisos, abraços, amigos e saudades. Por que não?

Quero sempre os bons tempos hoje, para serem passados bem lembrados.
Gostosos, tal qual o meu 21º ano de vida.

Vamos comigo?

17/02/2010

bom começo



desde que a descobri em imagens e sonhos,
sabia que seria paixão real.

bahia de caymmi, de bethania e ivete,
bahia de vilma, vinha e fernanda.

cumuruxatiba, extremo sul da bahia,
me recebeu com um sonhado banho de mar num fim de tarde.

viagem de horas, acampamento, mordidas de mosquitos, sotaques...

cumuru,
lugar de dona isabela, suas roupas bem costuradas, sua casinha encantadora e seu cafezinho três corações.


cumuru,
lugar onde pedalei, pedalei e pedalei por quilômetros,

pra conhecer o olhar encantador de daniel e o delicioso mar do cahy.

cumuru, lugar onde passei o carnaval mais tranquilo e dos mais felizes da vida, na vida.