27/09/2006

Linda!!!
É o que tenho a dizer sobre uma baixinha querida, de olhinhos azuis, cabeça branca, unhas feitas e quase 90 anos.
Morei com a minha avó materna durante alguns anos e a Avany era vizinha de baixo. Lembro que ela ficava na varanda vendo meus irmãos e eu brincar na frente do prédio, a bola caía na varanda da casa dela e nos devolvia com um sorriso no rosto...
Depois fiquei adolescente e escrevi várias cartas declarando o meu amor por ela, vivia indo visitá-la em sua casa.... ela era a irmã que minha avó não teve, e minha avó do coração.
Então virei adulta e o contato diminuiu, o tempo ficou mais curto, mas o amor sempre grande. Ontem fui entregar umas fotos no prédio em que ela mora e resolvi visitá-la. Foi a melhor coisa que coisa que poderia ter feito nos últimos tempos! Valeu pelas horas de conversa, suas explicações sobre os quadros e porcelanas que pintou e que decoram a casa dela, as histórias de amores vividos e tudo mais. Valeu por ver os olhinhos azuis que eu tanto amo brilhando de felicidade e surpresa ao me ver.

12/09/2006

Nos últimos posts só tem dado textos prontos. Dessa vez (ainda) não vai ser diferente. Até tenho algumas idéias interessantes que poderiam ser escritas aqui, mas no momento os textos dos outros estão dizendo mais a meu respeito que os meus próprios.
Hoje está na vez de uma música do cd Carioca, de Chico Buarque: "Dura na Queda". Quando ganhei o cd, achei uma das mais gostosas de se ouvir, hoje, sem querer entender qualquer coisa, descobri que me identifico demais com ela. Neste momento da vida, ao menos.
A letra é a seguinte:


Dura Na Queda

Perdida
Na avenida
Canta seu enredo
Fora do carnaval
Perdeu a saia
Perdeu o emprego
Desfila natural
Esquinas
Mil buzinas
Imagina orquestras
Samba no chafariz
Viva a folia
A dor não presta
Felicidade, sim
O sol ensolará e estrada dela
A lua alumiará o mar
A vida é bela
O sol, estrada amarela
E as ondas, as ondas, as ondas, as ondas
Bambeia
Cambaleia
É dura na queda
Custa a cair em si
Largou a família
Bebeu veneno
E vai morrer de rir
Vagueia
Devaneia
Já apanhou à beça
Mas para quem sabe olhar
A flor também é
Ferida aberta
E não se vê chorar
O sol ensolará e estrada dela
A lua alumiará o mar
A vida é bela
O sol, estrada amarela
E as ondas, as ondas, as ondas, as ondas