14/08/2010

ibitipoca


estou aqui, bem aqui, com esse frio gostoso, sentindo o céu, ouvindo a ceu.
e meu pensamento voa praí…
devem ser as coisas bonitas que sinto nesse momento e queria escrever pra ti, em ti, meu espaço.
meu único e verdadeiro espaço.
meu, só meu.
em ti posso escrever coisas loucas, sentimentos feios, histórias de amor e angústias.
em ti posso ser o que quiser ser.
aqui eu sou o que quero ser, sem medo.
com vontade de mais, demais.
minha serra, quem diria que me apaixonaria por você… logo eu, criatura da  praia, do mar, de pés na areia fofa, pele vermelha da mistura veraneia que o sol e o sal provocam.
eu, apaixonada por ti, frio, rede e coberta.
tiro todo o volume e o que me vem são os sons dos passáros, que desconheço o nome, mas vejo belos, som de trabalho de quem aqui mora, som de conversas e das crianças,
longe, lá longe.
o que será que tanto falam?
sei lá, quero mais, ouço o som.

05/08/2010

cinco de agosto

abro o livro e só por tocá-lo: vida.
dele chovem memórias,
o livro nunca lido,
não por inteiro,
o ele profundo e os outros eles,
ele que me lembram sempre,
ele caeiro, ele pessoa, ele.

04/08/2010

quatro de agosto

sei lá,
queria não escrever tanto sobre mim,
mais sobre a podridão da política, os absurdos nos jornais diários, as discussões sociais, filosóficas...
mas,
não tem jeito.
é a autocrítica (com ou sem hífen, separada ou não, a u t o c r í t i c a),
cada vez mais forte.
então corro par cá,
e escrevo qualquer coisa, 
qualquer coisa, como já disse antes, que me libere para uma noite de sono tranquila.

sei lá,
deve ser esse lance de sonhar e querer a paz do mundo...

ai, confusão!

só sei que não sei, 
não sei, 
mesmo.

where should i go?