05/03/2010

não-literário

Aulas de literatura brasileira, conhecimento de estilos e diversos métodos que permitem com que se faça uma análise de textos.

A cada vez que ouço falar disso, me vejo mais longe de qualquer possibilidade de acreditar que escrevo bem.

Às vezes penso que escrevo sempre as mesmas coisas, as mesmas coisas. Mesmas. Coisas.

Besteiras que circulam pelas cabeças embaralhadamente pensantes de seres que passam muito tempo sentados entre as andadas e paradas dos ônibus pelas ruas da cidade...

Saindo da aula segui direto para a livraria, precisava ler. Literatura. Ficcional.
Algo que me prendesse e mostrasse tudo o que vi nas aulas enlouquecedoras e adoráveis de Diana.
Fui aos meus bons e conhecidos Clarice e Hatoum.

O Milton está longe, muito longe - do que eu conseguiria escrever...
Envolvente e surpreendente, apesar de sua marca estar sempre presente em todas as obras escritas por ele e já lidas por essa "escritora" fajuta.

Clarice, através de suas múltiplas personagens, sempre tão próximas, atrai-me tanto que passaria horas, horas e horas,
dias inteiros! lendo suas frases sempre tão fluidas.

Comecei, hoje, por ela.
Recomecei, pra não mentir...
Reli o que foi meu primeiro contato com sua obra: "Os Desastres de Sofia".
Ganhei "A Legião Estrangeira" na adolescência. Por incrível que pareça, da minha mãe.
Coitado, ficou encostado por anos... será que a resistência foi à Dona Terezinha?
Pode ter sido.
Aos vinte e dois, fui presenteada com "Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres".
Uma aprendizagem E o livro dos prazeres, eu diria.
É sempre um prazer lê-la.

E eu, nessa história toda?
Continuo sentada, batendo rapidamente nos caracteres deste teclado cinzento, tentando sair da farsa e encontrar algo que...
Reticência substitui o 'não sei'?


Um comentário:

Carol disse...

Olha lá! A mocinha tem blog e nem falou nada!!! Hunf.. deixa estar...

Beijinhos!!