sabe o que eu queria agora, meu bem?
sair, chegar lá fora e encontrar alguém...
que não me dissesse nada
e não me perguntasse nada também
que me oferecesse um colo, um ombro
onde eu desaguasse todo desengano
mas a vida anda louca
as pessoas andam tristes
MEUS AMIGOS SÃO AMIGOS DE NINGUÉM
sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
morar no interior do meu interior
pra entender porque se agride
SE EMPURRAM PRA UM ABISMO
se debatem, se combatem, sem saber
meu, amor, deixa eu chorar até cansar
me leve pra qualquer lugar
aonde Deus possa me ouvir
minha dor
eu não consigo compreender
eu quero algo pra beber
me deixe aqui
pode sair
adeus....
que dia... que noite... que amizades... dor.
Um comentário:
Jahfe seguia com o olhar fixo no horizonte. O cansaco nao mais o abatia. Era como se, de seu elevado estado mental, emanasse constantemente uma energia renovadora, que ate entao desconhecia. Nao conseguia bem compreender o que era, mas podia sentir que se tratava de uma premiacao. Algo por que muito lutara, mormente nos ultimos anos de sua vida.
De repente, mesmo em meio aos ruidos que se faziam a sua volta, pode captar um silencio sublime que provinha de seu amago, e mesmo que por pouco tempo, isto o levou a maravilhar-se.
Tudo se passava, enfim, como se ele, Jahfe, observasse tudo e a todos apenas como mero espectador. Estava, pois, imune a tudo quanto pudesse vir a feri-lo.
Viera-lhe entao a doce lembranca do que Mahali lhe dissera, que "Deus estava no coracao daquele que muito valorizava a todas as coisas" . . .
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