Comecei a escrever esse conto, ou coisa que o valha, na semana passada (dia 05/08). Não publiquei porque não terminei e as idéias ainda estão meio tortas.
Resolvi postá-lo mesmo assim, já que quase ninguém acessa o blog.
Quando estiver afim dou um final a ele. Ou não dou.
Vivia com o pai e três irmãos, dentre os quais era a mais velha, com 12 anos apenas, numa casa velha no subúrbio daquela cidade de interior. Ela era a dona de casa daquela casa. Há 4 anos sua mãe faleceu ao parir seu irmão caçula.
Considerava-se feliz.
Segundo seu pai a felicidade estava em ter comida (mesmo que essa fosse feijão com farinha dia sim, e dia também) e saúde. Bem, este último a pequena tinha e disso não se podia reclamar.
Não eram muitas as atrações do lugar onde morava. As crianças se divertiam do jeito que dava nos poucos momentos em que não estavam trabalhando.
Apesar de toda aquele sacrifício do dia-a-dia, a menina ainda tinha esperança e uma visão poética da vida. Olhava o céu estreledo ou o sol refletindo nas vidraças, muitas vezes quebradas, das janelas e via , mais que isso, sentia que um dia iria encontrar o seu lugar ao sol. Mesmo sem oportunidade de estar numa escola sabia ler. Por mérito próprio e uma ajudinha de Dona Rosa, a professora da cidade.
Um amigo da cidade grande sempre levava para ela um livro e algumas revistas. Lendo Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz se identificou com a vida miserável das personagens ali descritas, o que fazia com que seu sonho de tentar a vida no Rio de Janeiro aumentasse.
A praia! Como deveria ser uma praia? Naquelas fotos tudo era tão mágico!
O mar... qual seria a sensação de sentir aquelas águas que pareciam estar em movimento, com umas espuminha parecendo a de quando lavava as mãos, nos pés calejados por não ter sapatos?
Um comentário:
parece ser um conto que passa inicialmente muito sofrimento, mas que leva o leitor a criar todo o ambiente em sua imaginacao... imagine que eu conheco uma pessoa parecida, que tambem mora no interior e sonha conhecer o mar... depois te falo sobre isso!
beijos
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