15/04/2013

abril despedaçado

o que me salta e me rasga no atual momento é tão diferente do que eu gostaria que esse corpo e mente expurgassem!
a escrita anda calada, as leituras, erradas.
os sonhos abafados pela necessidade constante desse dia-a-dia adulto. um acordar-enfeitar-trabalhar-não gostar (o contrário, de vez em quando)-voltar-comer-dormir. só há tempo de reproduzir... ser o que, além dessa máquina que funciona diariamente do mesmo jeito t-o-d-o-s-o-s-d-i-a-s? ser afastada do amor, aquele por quem prezo tanto, aquele que anda doente e concentrado em si mesmo.
andamos doentes, meu amor. e isto é fato.
vamos nos curar, precisamos. 
necessito aprender que a rotina pode ser suave, doce. mas preciso amá-la antes. no momento só consigo executá-la e sentir isso que chamo de cansaço. e não sei se essa nomenclatura se encaixa ao que sinto, ao que me angustia. mas sinto e busco palavras para traduzir. preferia não pensar, não sentir. manter aquela felicidade constante e companheira. comprei uma árvore da felicidade numa tentativa de mantê-la por perto. pequenas representações do que gostaria de estar sentindo.
mas entendo também que cada dia traz um novo aprendizado e que muitas coisas vividas e passadas só fazem sentido entre o estar acordada e dormindo.
entendo que não posso suicidar certas escolhas, largá-las prematuramente. cada experiência precisa ser vivida até o fim. sabendo que tudo que começa acaba. preciso aproveitar os momentos, torná-los bons companheiros.
tornar-me boa companheira de mim mesma.

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