um falso jardim pra certezas arraigadas. o medo e a insegurança escondidos num fundo de alma densa, repleta de dúvidas e desejos. talvez seja o fim do ciclo, dos ciclos vários e a incerteza maquiada pelos discursos firmes e aparente segurança. sim, é o fim do ciclo tão esperado. a voz quase não sai por imaginar o poder que ela tem diante do que se deseja. e como lidar com o ter o que se deseja?
toda ânsia por aquilo que tanto se quer, diante da possibilidade de se tornar real sai com palavras sem tom, sem cor, sem som. e o receptor, não consegue acreditar que os olhos expressivos se tornam palavras trêmulas, sem coragem de ser. as expressões demonstram a fraqueza escondida em gestos trêmulos e rápidos, como se fosse necessário se livrar daquele instante tão próximo, um quase chegar.
não sei ao certo aonde esses dedos guiados por um sentir profundo estão nos levando.
sei que, de alguma maneira, as palavras precisam ser ditas. sem medo, sem bochechas vermelhas, com voz. e se rolarem as lágrimas, que lavem e limpem.
e que tornem o jardim real, com certezas provisórias.
provisórias como a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário