pontos serviam para marcar o que queria dizer, com a intensidade que queria passar.
o final, marcaria o fim do que foi ou poderia ter sido. o fim de uma vida vívidamente inventada.
mas a tal menina rosa insistia nas exclamações, nas duas exclamações. porque um é pouco, dois é bom, três é demais. não era o que diziam muitos?
ouvia o que diziam mas não ouviam o que era dito, talvez pelo excesso de pausas. já falei que ela amava as pausas? ainda que tornasse tudo muito mais demorado, a pausa representava, pra ela, os momentos de silêncio, de vazio, do olhar sentindo. sabe como é? sentir... ah, como gostava!
não sabia se sabia viver, mas sabia que viver era um texto não linear repleto de exclamações, pausas e pontos finais. todos sentidos.
e os travessões, sempre difíceis, ficavam com as interrogações que inferências poderiam reticenciar.
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